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O arquiteto mexicano Mauricio Rocha ministrou a aula de encerramento do curso de pós graduação Geografia Cidade e Arquitetura em 2013. Foram apresentados os projetos recentes de seu escritório sediado no México, país tema do último módulo discutido pela Pós. O evento fez parte da parceria Escola da Cidade com a Revista Projeto.
Em 2014 a proposta será estudar os países Estados Unidos, Colômbia, Bolívia e Uruguai. Voltado a arquitetos e urbanistas, artistas, engenheiros, além de demais interessados no tema, o curso tem a ideia de refletir sobre as necessidades próprias destes países, as relacionando às esferas culturais, socioeconômicas e ambientais. As inscrições estão abertas até 03 de fevereiro de 2014, no site da Faculdade.
Os professores coordenadores da pós-graduação e organizadores do evento, Fernando Viégas e Álvaro Puntoni, destacam a importância desta aula aberta. “Uma oportunidade de conhecermos o discurso de um importante arquiteto mexicano em um convite aberto aos arquitetos e estudantes que poderão compartilhar conosco o cotidiano das discussões no curso da Escola da Cidade”.
Mauricio Rocha lecionou como professor de projeto na Universidad Anahuac (México) e, atualmente, leciona na Universidad Iberoamericana Ciudad de México. Ao longo de sua carreira, já recebeu o prêmio FONCA Jóvenes Creadores e foi escolhido como jurado para o Jóvenes Creadores e para o Concurso Arquine.
Graduado pela Universidade Nacional Autonoma do México, Rocha é diretor fundador do escritório Taller de Arquitectura, localizado na Cidade do México. Seu trabalho enfatiza a importância do artesanato, sustentabilidade e design socialmente responsável e o arquiteto explora a arquitetura através da manipulação cuidadosa de proporção, volume, luz e material.
Dentre seus principais projetos destacam-se a Escola de Artes Plásticas Oaxaca(México), feita de materiais reutilizados de outras construções, recebendo vários prêmios nacionais e internacionais. Em parceria com o artista Francisco Toledo, criou um campus orgânico que inclui pátios amplos e plantas nativas. As grandes janelas estimulam a entrada de luz e ventilação naturais, mantendo as salas e ambientes sempre frescos e confortáveis para seus alunos. Também tem destaque o projeto do Mercado San Pablo Oztotepec (México), criado em 2003; um projeto de arquitetura atual que proporciona um diálogo entre o contexto urbano e sua habitabilidade.
O espaço é monocromático, discreto, interagindo com seus produtos coloridos e foi condecorado, em 2004, com a medalha de ouro e Grande Prêmio na VIII Bienal de Arquitetura mexicana. Desenvolveu ainda, em 2001, o Centro de Invidentes y Débiles Visuales, em Iztapalapa (uma das 16 delegações do Distrito Federal mexicana), criado como parte de um programa do governo para prover de serviços sociais e culturais a uma das zonas periféricas mais pobres e populosas da Cidade do México. O complexo de 14.000 m2 atende às necessidades educacionais e recreativas, em um esforço para melhorar a integração de pessoas com deficiência visual à vida urbana cotidiana. Premiado com a medalha de prata na VII Bienal de Arquitetura mexicana de 2002.