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O jogo, a concorrência e o vencedor fazem partes do que conhecemos como mundo moderno. Mas ao mesmo tempo os esportes, principalmente o futebol no caso brasileiro, ganharam universalidade que se transformaram em “ritos por excelência no planeta de hoje”.
Wisnik traça um paralelo entre os ritos do passado e o futebol do presente, chegando então na função social que este esporte teve no Brasil.
“No Brasil o Futebol foi capaz de reverter o princípio de uma sociedade escravista, desigual, baseada no privilégio e, no qual, os descendentes de escravos eram negados”
Para Wisnik, o futebol, diferente da estrutura dos outros esportes, também conta com os fatores do acaso e do imponderado, sendo o único esporte inglês em que o jogo pode ser fascinante e terminar com nenhum gol. Por este motivo o futebol acaba tendo uma ampla narrativa.
Durante a palestra Wisnik também falou sobre a importância da Copa do Mundo no Brasil, e os problemas que ela trouxe, como a crescente elitização dos estádios de futebol, que negam espaço para a famosa “geral”.
Autor de diversos livros, Wisnik é professor de Literatura Brasileira pela USP e também é músico, compositor e ensaísta. Entre outros, lançou o livro Veneno Remédio (Companhia das Letras), que estuda o jogo de bola e sua evolução ao longo das décadas, ligando craques do futebol com grandes nomes da nossa literatura e filosofia.