Debates / IX Seminário Internacional

Assista todos os debates realizados durante o IX Seminário Internacional.

Como parte do IX Seminário Internacional: Habitação – Infraestrutura, espaço público e gestão, todos os dias foram realizados debates com os palestrantes convidados, enriquecendo as discussões trazidas em cada palestra individual.

Debate #1

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=SOSfwcQlkvA]
No primeiro dia, além dos palestrantes Frédéric Druot e Raul Juste Lores, participou a arquiteta Beatrice Mariolle, com mediação de Fernanda Barbara. Nele, discutiu-se o papel do arquiteto diante da possibilidade de transformação das cidades, o movimento de moradia em São Paulo e o programa de governo Minha Casa Minha Vida, a política de uso e ocupação do solo, o processo de valorização imobiliária de Nova York e a situação urbana de Detroit.

A gente fala de São Paulo, que já é um grande drama, mas pelo menos temos algo de metrô ou algo de ônibus. Se fizerem agora um Google: Minha Casa Minha Vida Pernambuco, Goiás, Minas, Bahia e etc, é muito mais grave do que em São Paulo. A gente está falando de 40 mil casinhas uma do lado da outra e no meio do nada. E onde aí não tem escala ou adensamento para o ônibus. Você está literalmente condenando aquelas pessoas, a partir do dia 1, a sonhar em comprar um carro.
Raul Juste Lores, sobre Minha Casa Minha Vida

Debate #2

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=HvVJORbRWBU]
No segundo dia, além dos palestrantes Sergio FernandezLuis Mauro Freire e Maira Rios, participou o arquiteto Pedro Sousa. Foram abordadas as questões relacionadas à elaboração de políticas públicas, a participação da sociedade nas discussões sobre planos urbanos, e as legislações referentes à construção de habitações de interesse social, tendo como parâmetros de comparação os programas SAAL em Portugal, Renova SP e Minha Casa Minha Vida no Brasil.

Será que não deveríamos inverter a equação? Ou seja, primeiro projetarmos para depois escrevermos em lei? E não primeiro fazermos a lei para depois tentar projetar. Será que invertendo essa questão, não é super valorizar o desenho, mas sim enfrentar a realidade da especificidade da questão? A nossa matéria prima é o espaço, é uma questão geométrica. Não é uma questão de lei.
Ciro Pirondi

Debate #3

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=EzJTxb3dbQQ]
No terceiro dia, além das palestrantes Beatrice MariolleElisabete França, participou o arquiteto Frédéric Druot, com mediação de Anália Amorim. Foram levantadas questões sobre a utilização dos recursos energéticos nas grandes cidades, por vezes acompanhado pela falta de planejamento do poder público e ausência de técnicas de reaproveitamento de energia. Também se discutiu a urbanização de favelas, instalação de saneamento básico e industrialização na produção de habitação social.

A grande falha na estratégia de urbanização nesses centros mais afastados é a de insistir em se fazer casas e não cidades. Dessa forma, os equipamentos nunca surgem nos planos nacionais como agregadores de cultura e formadores de educação.
Anália Amorim

Debate #4

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=vdOY6D27p-U]
No quarto dia, além dos palestrantes Anacláudia Rossbach e Pedro Sousa, participou o arquiteto Sergio Fernandez, com mediação de Fernanda Barbara. O debate se concentrou na constituição de políticas urbanas e públicas no Brasil, discutindo um conjunto de legislações de ação urbana que são fundamentais para as políticas habitacionais nesse momento.

O Plano Direitor que temos em vigor fala de uma maneira muita clara da importância da infraestrutura como conformação da cidade, do espaço público, e sobre tudo de maneira explicita e límpida da importância do uso misto na constitução de uma urbanidade que traga a qualidade de vida. E o Minha Casa Minha Vida proibe o uso misto.
Fernanda Barbara

Debate #5

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=-3bUAn9lDoU]
No quinto e último dia, além dos palestrantes José Maria De Lapuerta e Nabil Bonduki, participaram o arquiteto Luis Mauro Freire, com mediação de Raul Juste Lores. A discussão focou o Plano Direitor de São Paulo, abordando a participação popular e as dificuldades enfrentadas por ser um texto longo, jurídico, e não amigável à compreensão de todos.

Os ciclos da cidade são ciclos longos, os ciclos das eleições são ciclos breves, de quatro ou seis anos. Os politicos são interessados nos ciclos curtos. A cidade é interessada nos ciclos largos. E o arquiteto é a cidade.
José Maria De Lapuerta