Guilherme Wisnik: A Formação do Pós-Modernismo

Como parte da série Arte e Arquitetura Hoje, o Seminário de Cultura recebeu, em duas aulas, o crítico de arquitetura Guilherme Wisnik apresentando sua interpretação sobre a passagem histórica do pós-modernismo desde o pós-guerra, a medida em que se consolidava uma forte cultura de consumo que almejava os bens oferecidos pelo sistema de produção capitalista.

Aula 1

Ele, um angry young man que sonhava um dia em ser um billboard, acorda e vê um mundo todo sacrificado pela agricultura […] aonde estão as estradas, os parking lots, os 7-Elevens, onde esta aquilo que eu amo tanto?

A partir de exemplos da mídia de massa, como a música da banda Talking Heads, procurou-se demonstrar o constante cruzamento entre arte e arquitetura. Analisando a obra tardia de Le Corbusier, e a maneira como o discurso pós-moderno se concretizou, Wisnik procurou expor as ligações que se consolidariam entre brutalismo e pop-art, como visto no Centro Cultural Georges Pompidou.

Aula 2

Em um segundo momento, Guilherme Wisnik retomou seu discurso como novos exemplos. Apresenta, primeiramente, a queda do modernismo em meados da década de 1970, situando o cenário econômico, político, cultural e artístico da época, para assim esclarecer o contexto em que pós-modernismo surge. A princípio o movimento é avaliado como sendo exagerado e de mau gosto, porém é preciso considerar as sérias críticas ao movimento moderno que tornam o pós-modernismo significativo.

Guilherme Wisnik é arquiteto formado pela FAU-USP, doutorado (2012) e docente na mesma instituição (2014). Foi crítico de arquitetura da Folha de São Paulo, com artigos reunidos no livro Estado Crítico. Foi curador da X Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013). Atualmente é vice-diretor do  Centro Universitário Maria Antonia.

Texto e Captação de Vídeo Morena Miranda e Pedro Norberto
Edição de Vídeo Morena Miranda
Fotografia Bruno Buccalon