O Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea convidou a filósofa e professora Margareth Rago, e seus alunos de doutorado Mariléa de Almeida e Maurício Pelegrino. O mote da conversa é o período retrógrado que estamos vivendo atualmente no Brasil e suas consequências, com ênfase na questão de gênero. Margareth discute a respeito do feminismo presente na arte como crítica da cultura e da sociedade, Mariléa a respeito das práticas políticas das mulheres quilombolas e suas ações educativas, e Maurício sobre a crítica do neoliberalismo através da ótica de Foucault.
Luzia Margareth Rago se graduou em História pela USP (1970) e Filosofia USP (1979); mestrado em História na UNICAMP (1980-84); doutorado em História na UNICAMP (1985-1990; livre-docência em 2000. Desde 2003, tornou-se professora titular MS-6 do Depto de História da UNICAMP, onde iniciou em 1985.Em 2015, aposentou-se e vinculou-se a este Depto como professora colaboradora. Entre 1982-1984, lecionou no Universidade Federal de Uberlândia. Foi professora visitante do Connecticut College, nos Estados Unidos, entre 1995/1996 e realizou seminários na Universidade de Paris 7 (2003). Diretora do Arquivo Edgar Leuenroth da UNICAMP em 2000. Professora visitante da Columbia University entre 2010-2011.Coordena junto com as profa.s Dra Tânia Navarro Swain e Dra. Marie-France Dépèche a revista digital feminista internacional LABRYS. É co-editora da Revista Aulas, da Linha de Pesquisa Gênero, Subjetividades e Cultura Material do PPGRH da UNICAMP. Áreas de ensino e pesquisa:Teoria da História e História do Brasil República ; pós-estruturalismo, feminismos, anarquismos, subjetividade, gênero , Foucault e Deleuze. É assessora científica da FAPESP, CAPES e CNPQ, entre outras agências. Publicou O que é Taylorismo?, com Eduardo F.P. Moreira(1984); Do Cabaré ao lar. A utopia da cidade disciplinar. Brasil, 1890-1930 (Paz e Terra, 1985); Os Prazeres da Noite. Prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930 (Paz e Terra, 1991;2008); Narrar o Passado, Repensar a História, com Aloísio Gimenez (IFCH/UNICAMP, 2000); Entre a História e a Liberdade: Luce Fabbri e o anarquismo contemporâneo(UNESP, 2002), traduzido para o espanhol pela Editorial Nordan, 2003 e para o italiano em 2008; Imagens de Foucault e Deleuze, ressonâncias nietzschianas, org. com A. Veiga-Neto e L. Orlandi (DPA, 2002); Foucault, a HIstória e o Anarquismo (Achiamé, 2004); Figuras de Foucault, org.com Alfredo Veiga Neto (Autêntica, 2006); Feminismo e Anarquismo no Brasil. Audácia de Sonhar. (Achiamé, 2007); Mujeres Libres da Espanha: Documentos da Revolução Espanhola, com Maria Clara P. Biajoli (Achiamé,2008); Subjetividades antigas e modernas, com Pedro Paulo Funari (orgs), em 2008; Foucault: para uma vida não-fascista, com A.Veiga Neto,(orgs), em 2009; A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade (Editora da UNICAMP, 2013); Paisagens e Tramas: o gênero entre a arte e a história, Org. com Ana Carolina Arruda de Toledo Murgel (Intermeios, 2013). Coordena a coleção Entregêneros da Editora Intermeios, São Paulo. Aposentada em agosto de 2015, atual professora colaboradora no Depto de História da UNICAMP. (Fonte: Currículo Lattes)
Mariléa de Almeida, atualmente é doutoranda em História IFCH/ UNICAMP , onde desenvolve a pesquisa sobre a experiência de mulheres quilombolas. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo. Em 2015, realizou o doutorado sanduíche na Columbia University (Nova York), com foco nos feminismos negros estadunidenses. Mestre em História pela Universidade Severino Sombra. Especialista (Pós-graduação lato sensu) em Filosofia pelo Centro Universitário de Barra Mansa. Especialista (Pós-graduação lato Sensu) em História do Brasil Pós Trinta pela Universidade Federal Fluminense. Foi professora de história nos segmentos fundamental e médio nas redes públicas estadual e municipal no Estado do Rio de Janeiro. (1998-2011). No ensino superior, além de experiência na rede privada (2007-2013), atuou como professora orientadora online no projeto REDEFOR/UNICAMP (2011-2012) no curso de Especialização Lato Sensu para professores da Rede Pública de Ensino no Estado de São Paulo. Dialoga principalmente com os seguintes temas: gênero, relações étnico-raciais, performances corporais, história e produção da subjetividade, história e filosofia da diferença, Teoria da História e Historiografia brasileira. (Fonte: Currículo Lattes)
Maurício Pelegrino possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (2000) e mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2015), na área de concentração História Cultural. Atualmente, é Especialista em Políticas Públicas na Secretaria de Planejamento e Gestão do Governo do Estado de São Paulo e cursa o doutorado em História Cultural na Unicamp, estudando o conceito de manifestação da verdade no pensamento de Michel Foucault. (Fonte: Currículo Lattes)
Captação, edição de video e fotografia
Daniel Colaviti,
Gabriela Duarte,
Giovana Campiotto,
João Pedro Vieira e
Thiago Simbol
Texto
Gabriela Duarte