Os espaços livres da cidade constituem-se do visível (paisagem), onde volumetrias, materialidades e texturas criam diversas atmosferas urbanas e confrontam de diferentes formas a percepção sensorial e sensitiva dos transeuntes; e do invisível (infraestrutura), onde a cidade oferece mais ou menos possibilidades relativas à instalações, saneamento, transporte, equipamentos de cultura, trabalho e lazer. De que maneira dar qualidade urbana aos espaços públicos a partir desta dualidade?
Maritin Corullon apresentou projetos de arquitetura conectados à infraestrutura, revelando projetos de diversas escalas realizadas no escritório Metro Arquitetos - alguns em colaboração com o Arquiteto Paulo Mendes da Rocha - onde edifícios transformam a paisagem e seu contexto urbano, como no Cais das Artes em Vitória (ES), a Ladeira da Barroquinha em Salvador (BA), as intervenções urbanas do Centro Aberto ou do ensaio urbano de grandes edifícios sobre a cidade de São Paulo.
Regina Meyer apresentou o plano urbanístico elaborado para o Parque D. Pedro II entre 2009 e 2011, onde com seu vasto conhecimento sobre a metrópole de São Paulo, atuante em diversos órgãos públicos e acadêmicos, faz reflexões sobre a metrópole e apresenta projetos como a reestruturação do Parque Dom Pedro em parceria com o escritório Una Arquitetos e H+F Arquitetos.
Susannah Drake comentou a infaestrutura pública do século XXI do ponto de vista da beleza, economia, política e ecologia.
Susannah Drake, Regina Meyer e Martin Corullon debatem Infraestrutura e Paisagem no XI Seminário Internacional: Espaço Livre na Cidade.
O desenho do arquiteto e urbanista tem o poder de dialogar com o passado e designar o futuro, e é no desenho do espaço público onde o arquiteto encontra a sublimação do diálogo com a sociedade, seu contexto cultural e histórico. Que mensagens ler e dizer com o desenho do espaço público nos dias atuais?
Teodoro Fernández falou sobre desenho e apresentou o que para eles são três temas fundamentais - valor patrimonial, espaço verde e espaço público - através de projetos educacionais e paisagísticos de seu escritório.
Felipe Uribe expôs suas experiências de um momento em que a arquitetura pública era um problema de aparência e sobrevivência, mostrando em projetos em execução e em concursos.
Marina Grinover discutiu sua experiência com projetos de arquitetura e de urbanização em favelas na capital paulista, e como desenhou o espaço público em três casos de áreas precárias em São Paulo.
Teodoro Fernández, Felipe Uribe e Marina Grinover debatem o Desenho do Espaço Público no XI Seminário Internacional: Espaço Livre na Cidade.
O ciclo de palestras que antecedeu o XI Seminário internacional Espaço Livre na Cidade da Escola da Cidade antecipa as discussões que foram desenvolvidas no seminário acerca de diferentes experiências de ocupação de espaços físicos da urbe disponíveis para o usufruto do tempo livre.
A discussão da Juventude e direito á cidade - experiências na região do Campo Limpo conta com Marta Bergamin, Paulo Cesale, Shirlei Torrez e Thiago Vinícius e mediação de Pedro Salles.
A discussão da Gestão e ocupação do espaço livre na cidade conta com Ermínia Maricato, Julia Ruiz e Laura Sobral e mediação de José Guilherme.
A discussão das Transformações e conflitos urbanos - a Praça Roosevelt conta com Daniela Palma, Henrico Spaggiari e mediação de Marina Grinover.
A discussão da Juventude e espaços livres conta com Alexandre Barbosa Pereira, Heitor Frugoli e mediação de Vinicius Andrade.
A discussão das Ruas abertas para o Lazer na cidade de São Paulo conta com José Guilherme Magnani e Sergio Battistelli, com mediação de Martin Corullon.
Realizado pela Escola da Cidade e pelo Sesc, o X Seminário Internacional abordou o Tempo Livre na Cidade, com a participação de profissionais de países como Portugal, França, Espanha, México e Brasil, durante o período de 23 a 27 de março de 2015, na Escola da Cidade e nas unidades do Sesc.
Durante o X Seminário Internacional da Escola da Cidade, com o tema “Tempo Livre na Cidade”, concluiu-se a primeira etapa do trabalho do Estúdio Vertical. Convidados compartilharam em debate suas experiências e reflexões sobre os projetos em andamento, em conexão com um workshop realizado com os professores e alunos de pós-graduação da ESA – Ecole Speciale d’Architecture.
Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo, aborda a importância fundamental do tempo livre na concepção da vida do trabalhador e o papel do Sesc São Paulo em relação aos seus programas socioculturais.
Convidado para participar do primeiro dia do X Seminário internacional, o arquiteto Luis Felipe Vera abordou o fenômeno do urbanismo efêmero, estabelecendo um contraponto à noção usual de arquitetura estática e permanente, e apresentou seus estudos sobre o evento religioso hindu Kumbh Mela, a maior cidade efêmera do mundo.